Carta da Elia Brandão em resposta a artigo da revista ISTOÉ.
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Depoimentos

Carta da Elia Brandão em resposta a artigo da revista ISTOÉ.

... o alimento ideal tem que ser rico em nutrientes e minerais, tem que ser barato o suficiente para que qualquer pessoa possa ter acesso e tem que ter um paladar agradável, pois comer é sempre um prazer.

Na revista ISTOÉ desta semana pág. 67, na parte de reportagens com o título de: “A Vitória dos Enlatados” (o que acredito não ser a abordagem correta ao tema, porém foi como o repórter achou melhor abordar) saiu um pouquinho do que a Clarinha vem passando nos últimos meses para garantir o Direito a Cidadania não somente das crianças (como a matéria aborda), mas também dos adultos e idosos que se beneficiam do trabalho que ela vem desenvolvendo no Brasil e no exterior por 33 anos. É todo um trabalho onde está envolvido não somente a alimentação do cidadão, mas também ela trabalha o cultivo do alimento, o reaproveitamento dos alimentos, hortas perenes, e o mais importante, como ter uma alimentação auto-sustentável.

Seu trabalho ficou conhecido no Brasil e fora principalmente pela recuperação de desnutridos, porém este trabalho é algo muito mais amplo, alcançando os trabalhadores de construção, camponeses, presidiários, escolas, postos de amamentação, postos de saúde, agentes comunitários, enfim gente como a gente.

Trabalhando o que Clara chama de “fome oculta”, gerada por um alimento fraco devido ao refinamento dos alimentos (hoje em dia as pessoas preferem alimentos branquinhos) e ao solo fraco; os indivíduos passaram a ter que comer mais para se saciar. Porém, devido à baixa qualidade nutricional, temos visto um número gigantesco de indivíduos com problemas como obesidade, colesterol alto, hipertensão, infecções constantes, crianças hiperativas, mães incapacitadas de amamentar, aumento de cesáreas, constipação intestinal, dores articulares, etc.

Juntamente com o problema do alimento refinado agora temos que lidar com os alimentos transgênicos, alimentos vitaminados (com vitaminas sintéticas, compradas de multinacionais a preços absurdamente caros), alimentos coloridos artificialmente (o que pode causar hiperatividade, constipação, câncer entre outras patologias) e claro, a gigantesca oferta de “junk food” que todos nós entendemos bem o que é isto.

Segundo Clara, o alimento ideal tem que ser rico em nutrientes e minerais, tem que ser barato o suficiente para que qualquer pessoa possa ter acesso e tem que ter um paladar agradável, pois comer é sempre um prazer.

Bom, eu poderia continuar escrevendo para vocês, linhas e linhas, porém como sei que todos têm suas ocupações, vou parando por aqui, pedindo o favor, para as pessoas que conhecem jornalistas, políticos e ou pessoas influentes no governo atual, que repassem este link da Revista ISTOÉ para que esta informação de boca em boca chegue ao alcance das pessoas que possuem o poder de decisão para que este trabalho continue sendo desenvolvido no nosso amado Brasil.

E claro, peço a todos que enviem suas orações e energia para que Clarinha continue tendo força e coragem para continuar este caminho tão iluminado que leva esperança e um dia melhor para tantos brasileirinhos e brasileiros.

Um abraço

Elia Brandão

Junk food ("comida lixo", numa tradução literal do inglês) é uma expressão pejorativa para "alimentos com alto teor calórico, mas com níveis reduzidos de nutrientes"

fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Junk_food

Outras referências ao artigo da revista ISTOÉ: